sábado, 19 de junho de 2010

Sobre a Copa e decisões, de quem não sabe NADA de futebol

Antes do início da copa, em um almoço de família, me peguei numa discussão calorosa com o meu pai (outro que não entende NADA de futebol, mas muito do mundo corporativo) sobre a decisão do Dunga.

Começamos o assunto falando sobre a decisão equivocada do técnico na escolha de quem ele levaria pra copa. Eu e minha mãe batíamos firme e forte que, com essa seleção, ele não trará nem a grama do estádio da áfrica para o Brasil, quanto mais a taça. Foi aí que pra minha surpresa, meu pai vira e fala: “Pois eu concordo e muito com a seleção que ele escolheu.”

De futebol meu pai pode não entender, mas de times e liderança ele sabe o que fala. Como o Dunga levaria para a copa do mundo pessoas que ele não confia?! Não confia no sentido de não saber se no dia seguinte ele poderia contar com elas para segurar a barra no jogo. E ainda nesse ponto, como levar os caras que desrespeitam as regras, dar regalias pra estes e querer servir como exemplo para o restante do time. É como você estar numa empresa, premiando os que pouco fazem e deixando de lado os que muito tentam. E nem sempre isso é bom.

Ao mesmo tempo, como levar pessoas tão inexperientes (os meninos do Santos) para vestir a camiseta do Brasil e encarar um estádio preparado pra uma competição de mundial?! Encarar uma seleção forte européia?! Os meninos podem jogar muito bem na Vila Belmiro, mas sinceramente, vestir a camiseta da seleção pesa. E estar na copa pode pesar ainda mais.

Difícil. Tomar decisões é uma das principais responsabilidades do líder. Apesar de concordar com tudo isso, acredito que arriscar também é. E o Dunga pecou nesse sentido. Por que mal comparando, a seleção do Dunga é exatamente o contrário da expressão “Think out of the Box”, tão ouvida nos dias de hoje. É só dar uma olhada na lista dos convocados para perceber que quase inexistem jogadores de perfil mais criativo, inconformista, capaz de mudar um panorama de jogo com sua genialidade, com o jogo de cintura que, tanto no futebol, quanto nas empresas, é preciso ter.


É um risco que se corre. Se o Dunga trouxer a taça, repetiremos o “Vocês vão ter que me engolir”. Se não faturarmos o HEXA, a culpa vai ser do Dunga também. No final das contas é isso mesmo, né?! Sempre haverá críticas. Afinal, faz parte do jogo.


E a nós?! Só nós resta torcer! Vai Brééééésil!

     

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