Em terra de burkas, quem tem birkin é rainha

Ok, não que eu tenha deixado a balada de lado, mas não pude resistir ao momento menininha e ir ao cinema assistir as queridas de Sex and the city. O filme em si deixa a desejar. Achei que as características principais das personagens foram deixadas de lado, exceto a Samantha, que em sua versão 2010 está mais depravada do que nunca! Carrie casada é algo realmente muito estranho. Charlotte criticando seu próprio casamento e sua maternidade é hilário, contraditório e a cena em si já paga a entrada do cinema. Miranda mais divertida que nunca em Abu Dhabi encerra a contradição do filme.

Quanto ao figurino... não tem o que falar! Impecável, extremamente exagerado como deveria ser... e muiiita coisa linda. Não vou nem comentar o desfile de Louboutin.. isso é assunto pra outro post.

Na minha opinião, o filme usa das coisas mais fúteis pra falar de algo muito mais grave. A falta de voz das mulheres. Usa no início uma metáfora clara com as mulheres do oriente médio, que usam burkas e não podem se expressar sexualmente. Mas por dentro, no fundo no fundo, são lindas, vaidosas e gostam de desfilar as melhores grifes. E isso, acontece hoje em dia, sempre aconteceu. Afinal, basta uma viagem internacional para vermos as fofíssimas de veú andando e comprando mundos nas lojas que nós, ocidentais,  mais desejamos.

Destque do filme, sinceramente, Charlotte... em sua cena desabafo com Miranda e também na sua cena "Kind of drunk" dando conselhos para Carrie. A protagonista, Carrie Bradshaw por sua vez, fica apagada se compararmos a sequencia da série. De qualquer forma, vale o ingresso e a pipoca. #Ficaadica